Greve dos caminhoneiros ajudou o governo aumentar carga tributária
Por Josefina do Nascimento
Depois de algumas tentativas frustradas, com a ajuda da greve dos caminhoneiros, governo aprova aumento da carga tributária com a reoneração da folha de pagamento
No fim, a Greve dos caminhoneiros foi a “mola propulsora” que faltava para o governo aprovar aumento da carga tributária.
Através da edição da Lei nº 13.670/2018 que alterou a Lei nº 12.546/2011, vários segmentos foram excluídos da desoneração, e estes pagarão caro por isto.
Com a greve dos caminhoneiros a reoneração da folha de pagamento foi aprovada “a toque de caixa”.
Com o forte argumento de que era necessário gerar receita para cobrir o gasto com o subsídio do óleo diesel
Em ato menos impopular e indigesto, governo resolve convocar quem não estava pagando a contribuição previdenciária patronal com base na folha de pagamento.
Significa que algumas empresas voltarão a calcular a Contribuição Previdenciária Patronal (20%) com base na folha de pagamento a partir de 1º de setembro deste ano.
Mas como fica o planejamento tributário realizado por estas empresas? Que no início do ano optaram por recolher a CPP com base na receita bruta? Ficará prejudicado a partir de 1º de setembro. Fatalmente sofrerão aumento na carga tributária. A única saída para diminuir o impacto é de repassar aos preços dos serviços e mercadorias.
No entanto a reoneração da folha não é um único ponto importante da Lei n° 13.670/2018. Com a edição desta lei, o governo proibiu a compensação do valor apurado a título de IRPJ e CSSLL através do regime do lucro real estimado (inciso IX do § 3o do art. 74 da Lei nº 9.430/1996). O que implica diretamente no caixa das empresas.
Leia mais:
Governo põe fim a desoneração da folha de pagamento de diversos segmentos
__________________________________________________________________________
Siga o Fisco, cursos, treinamento, palestras e consultoria em tributos indiretos (ICMS, ISS, IPI, PIS, COFINS, e Simples Nacional)